terça-feira, 22 de março de 2011

O orador

Em uma cidade do interior, muito pequena. Os poucos habitantes que moram ali são todos analfabetos com excesão de uma pessoa, que é considerado o sábio, o iluminador. Todas as sextas-feiras o povo se sentava em torno dele. O sábio se sentava em uma cadeira de pau e contava as histórias que ouviu dos livros. Tanto é seu carisma que os habitantes da cidadezinha nem tinham a preocupação de aprender a ler, preocupam-se apenas em estar às sextas, quando o sol se põe, na praça, onde ouviam e se deleitavam com as lendas e histórias de outros mundos, de outas culturas, com novidades diferentes das que estavam acostumados.
Havia naquela cidade uma grande biblioteca deixada há muito por um ancestral que lia muito e era portador de grande conhecimento. O grande orador passava maior parte do tempo lendo e enfiado na biblioteca e seus arredores. Eram saborosas suas histórias e era a maior forma de prazer para o povo. Havia um belo jardim em torno da biblioteca. Quando o orador não estava lendo, estava cultivando o jardim, a terra era fértil, as flores belas e coloridas.

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