quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Luz

O sol arde. E começa aqui a empreita da estrela cintilante, do homem ilustre, preocupado com o luxo, de como azedinho-doce. E o fluxo flui e o aroma expira, e dos esféricos poros, suarentos, sobremina. De sua caverna sombria e úmida, migra. E depois de muitos prazeres e tantos deleites sentiu o sabor da bolha vaziae daí então é que desistiu da fala e permaneceu num canto, com seu olho-vidro, frêmito. Foi então que olhou ao redor e viu homens menores e não viu nenhum que o igualasse em estatura, permaneceu então imóvel e disse consigo "Não há de surgir outro homem como este? Que pensa um outro do mesmo tamanho deste? Será que ele também se envaidesse de si? e deseja também outro que o iguale em gigantismo?" Mas não permaneceu de todo queto; vôou sobre as nunves e navegou por entre os mares e ouviu o linguajar de muitos povos, ceou com eles e ouviu suas histórias, e jamais fadigado, pasmou. Então ergueu as mãos e clamou: "Oh, estrela afável, que não somente olha por si, contemplai meu sofrimento, guiai esta alma, tão bela ao vosso olho, em direção à luz". E a estrela afável então o guiou.

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